A lei de Deus é a única que pode garantir a liberdade do homem porque a história "demonstra que as maiorias podem equivocar-se", declarou nesta sexta-feira, 5, o papa Bento XVI. A afirmação foi feita no Vaticano, onde o Pontífice recebeu membros da Comissão Teológica Internacional, que procura definir os princípios de uma "ética universal". Segundo Bento XVI, somente a lei "natural", que seria a estabelecida por Deus, pode regular plenamente a vida humana, a família, a igualdade na ordem social e "os direitos fundamentais do homem". "Se por um trágico obscurecimento da consciência coletiva, o ceticismo ou o relativismo ético chegassem a cancelar os princípios fundamentais da lei moral natural, a mesma ordem democrática seria ferida radicalmente em seus fundamentos", disse o papa.