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Bento XVI diz que não é possível entender a Bíblia sem fé

Bento XVI discursou na XII Assembléia do Sínodo dos Bispos e falou durante os cinco minutos regulamentares

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Por Redação
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O papa Bento XVI disse nesta terça-feira, 14, no Sínodo (assembléia de sacerdotes) que é necessária uma estreita relação entre exegese (interpretação profunda de um texto bíblico) e teologia.   Veja também:  Bíblia continua inédita em 4.500 idiomas, diz Vaticano  Missal Romano publica 3 novas frases que podem encerrar missa   Ele advertiu que se a unidade de textos das Escrituras e a tradição viva da Igreja não forem levadas em conta, a Bíblia pode ser vista como um livro do passado e não será interpretada com fé.   Bento XVI discursou na XII Assembléia do Sínodo dos Bispos e falou durante os cinco minutos regulamentares sobre os critérios fundamentais da exegese bíblica, os riscos de ver as Sagradas Escrituras de um ponto de vista positivista e secularista e a necessidade de uma estreita relação entre exegese e teologia.   O papa afirmou que o método histórico-crítico por si só não é suficiente para compreender a Bíblia e que só um estudo "iluminado pela fé leva a captar a unidade profunda de toda a Escritura".   O papa referiu-se à constituição dogmática Dei Verbum, sobre a revelação divina, e disse que "a hermenêutica da fé" está desaparecendo e em seu lugar vem sendo adotada "a hermenêutica positivista e secularista, segundo a qual o divino não aparece e na história tudo se reduz ao humano".   Nesse ponto, o Pontífice alemão se referiu à principal corrente de exegese na Alemanha, "que nega a instituição do sacramento da Eucaristia por parte de Cristo e assegura que o corpo de Jesus ficou no túmulo".   Bento XVI, que também falou das homilias (preleções dos padres e demais sacerdotes), um dos temas que mais preocupam os 253 bispos presentes no Sínodo e defendeu um diálogo entre exegese e teólogos.

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