
25 de agosto de 2008 | 16h05
A Polícia chinesa deteve em uma igreja da província de Hebei o bispo de Zhending, Giulio Jia Zhiguo, que esteve em prisão domiciliar durante os Jogos Olímpicos de Pequim. A detenção aconteceu no domingo, quando o prelado rezava uma missa na catedral de Wuqi, ato para o qual contava com a permissão das autoridades. Os católicos da China estão divididos entre os que pertencem à Igreja oficial - controlada pelo Governo comunista - e à clandestina, em comunhão com Roma e não autorizada pelo Governo chinês. Monsenhor Giulio Jia Zhiguo, principal dirigente de uma diocese com 110 mil fiéis e várias dezenas de sacerdotes e freiras, passou 15 anos na prisão, entre 1963 e 1978, e nos últimos anos foi detido e libertado pelo Governo chinês pelo menos 11 vezes. Durante os Jogos Olímpicos realizados na China, ele foi um dos bispos submetidos à prisão domiciliar e vigilância contínua, uma medida decretada pelo Executivo para "evitar tensões". As autoridades chinesas proibiram ainda a realização de "reuniões cristãs", apesar de milhares de fiéis de Zhending terem ido no domingo, último dia dos Jogos Olímpicos, à catedral para assistir à missa dominical. Perante esta situação, a Polícia ordenou ao bispo que rezasse a cerimônia "para evitar enfrentamentos", apesar de Jia Zhiguo não ter podido concluir a missa, já que foi detido durante a sua celebração.
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