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Bons ventos também sopram no Brasil

Mercado nacional de energia eólica começa a ganhar impulso e pode decolar com regulamentação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Nesta semana, o Senado deve apreciar a revisão do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), já aprovada na Câmara dos Deputados. Com isso, até o fim deste ano devem se encerrar todos os trâmites legais para implementação de uma política nacional de energias renováveis. O programa é do Ministério das Minas e Energia (MME) e o objetivo é instalar, até dezembro de 2006, 3.300MW gerados pelo vento, pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e biomassa. Depois, numa segunda fase, as fontes limpas alternativas chegariam a 10% da matriz energética brasileira. ?Tanto as turbinas de vento, como as PCHs e as térmicas de biomassa tem potencial suficiente para atingir as metas de 1.100MW (cada), mas com esta revisão da lei poderemos remanejar as cotas entre as três fontes, caso não haja projetos suficientes em alguma delas?, comenta Laura Porto, diretora de energias renováveis do MME. Segundo ela, os contratos dos fornecedores destas energias limpas terão de ser fechados com a Eletrobrás até abril de 2004 e, portanto, ainda em 2003 deverão estar consolidados os valores de venda desta energia para as redes de distribuição de energia, uma das questões mais trabalhosas do processo. Com o Proinfa em marcha, o Brasil pode aproveitar de fato seu bom potencial eólico, até então praticamente desprezado, e dar um grande passo na mesma direção de países como a Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Dinamarca, e Índia, onde este tipo de energia limpa vem crescendo à razão de 25% ao ano, alcançando o nível dos gigawatts.

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