Brasil discute parceria espacial com a Ucrânia

A Agência Espacial Brasileira espera que a Base de Alcântara esteja em funcionamento em 2007. Para isso, será preciso modernizar o centro de lançamento.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo brasileiro iniciou nova etapa de discussões para o uso do Centro de Lançamento de Alcântara com o governo ucraniano. Uma delegação chegou ao País e, até sexta-feira, discutirá fórmulas que permitam o lançamento do foguete Ciclone 4, que vai colocar em órbita um satélite brasileiro. Uma das possibilidades é de que seja criada uma ?joint venture?, com representantes brasileiros e ucranianos. Da parte brasileira entrariam a Agência Espacial Brasileira e a Infraero. Essa alternativa, porém, esbarra em uma dificuldade: a necessidade de prévia aprovação no Congresso, o que atrasaria a execução do contrato. A Agência Espacial Brasileira espera que a Base de Alcântara esteja em funcionamento em 2007. Para isso, será preciso modernizar o centro de lançamento. Atualmente, ele está apto somente para lançamento de foguetes de pequeno porte. A proposta inicial é de que o Brasil arque com 50% dos custos da reforma e o governo da Ucrânia, com os outros 50%. O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que participou da reunião desta segunda-feira, afirma que o lançamento do satélite custaria ao Brasil US$ 52 milhões e as reformas na base, outros US$ 50 milhões. "É uma proposta infinitamente melhor do que a apresentada pelos Estados Unidos", afirmou o senador. Embora os contratos de licenciamento estejam sendo discutidos, é preciso, também, aprovar o acordo de salvaguardas tecnológicas que está tramitando no Congresso. Assinado em 2002, o acordo já passou pela Câmara dos Deputados. Há duas semanas, foi remetido para a Comissão de Relações Exteriores do Senado. A senadora Roseana Sarney (PFL-MA) foi nomeada relatora.

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