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Brasil e Cuba vão pesquisar vacina polivalente

Os dois países ainda serão parceiros em pesquisas nas áreas de biotecnologia, bioinformática e energia. Cuba está interessada na produção de álcool combustível, tecnologia de domínio dos brasileiros

Por Agencia Estado
Atualização:

Brasil e Cuba desenvolverão juntos pesquisas para produção de vacina polivalente, capaz de combater várias doenças comuns na infância. Este é um dos itens do acordo assinado nesta terça-feira pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, e pela ministra de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente da República de Cuba, Rosa Elena Simeón. Os dois países ainda serão parceiros em pesquisas nas áreas de biotecnologia, bioinformática e energia. Cuba está interessada na produção de álcool combustível, tecnologia de domínio dos brasileiros. ?Os esforços se conjugam em benefício da população?, resumiu Sardenberg. O ministro disse que o Brasil tem total interesse de aumentar o intercâmbio com Cuba. Por sua vez, acrescentou, Cuba também quer aproximar-se do Brasil, onde há ?esforço importante em pesquisas e um mercado consumidor grande?. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, Sardenberg atraiu atenção especial do pesquisador Fidel Castro Dias, filho do presidente cubano. Durante palestra, ele fez diversas perguntas ao ministro sobre o funcionamento dos fundos setoriais de ciência e tecnologia criados pelo governo brasileiro para garantir financiamento estável para pesquisas no País. O presidente do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), Esper Cavaleiro, comentou que, com os conhecimentos que possuem, Cuba e Brasil poderão chegar mais rapidamente à descoberta da vacina polivalente ?ao invés de comprar o produto pronto de outro país?. Cavaleiro também ressaltou que Cuba e Brasil têm tradição na pesquisa de novos medicamentos. ?Mas os produtos deixam de chegar às prateleiras por falta de estudos clínicos e pré-clínicos adequados.? Cavaleiro cita que Cuba tem divulgado, há alguns anos, a informação de que possui ?um agente que diminui o colesterol do sangue?, que seria produzido a partir da cana-de-açúcar. Inúmeras vezes, tentaram introduzir esse produto no Brasil, mas a recepção não foi boa porque se desconhecia a qualidade do produto e se era economicamente mais viável do que remédios tradicionais. ?No Brasil, temos vários produtos da nossa flora que poderiam ganhar mercado aqui?, apostou Cavaleiro.

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