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Brasil inicia mapeamento genético do boi

Por Agencia Estado
Atualização:

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Central Bela Vista Genética Bovina anunciaram nesta quarta-feira na capital paulista o início do projeto de mapeamento genético do boi, um investimento de US$ 1 milhão. O Brasil sai na frente dos Estados Unidos - que planeja para setembro o início do seqüenciamento genético bovino -, com o objetivo de identificar genes associados ao processo reprodutivo, de modo a desenvolver tecnologias e produtos que possam resultar em aumento de produtividade, eficiência reprodutiva, resistência do rebanho e melhor qualidade de carne. O coordenador do projeto, Luiz Lehmann Coutinho, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), disse que, ao contrário dos norte-americanos, que farão o mapeamento completo do boi com o objetivo do conhecimento, os pesquisadores brasileiros vão se concentrar numa parte pequena do genoma - 3% do total -, basicamente tecidos reprodutivos e os relacionados à resistência a doenças. O foco do estudo é a raça nelore, predominante no rebanho brasileiro com cerca de 80% das 170 milhões de cabeças. Segundo Coutinho, o gado nelore adaptou-se aos trópicos, desenvolvendo mecanismos de resistência contra carrapatos e outros parasitas. "O conhecimento que resultará do mapeamento genético não trará um impacto apenas sobre a raça nelore, mas também sobre as raças européias trazidas ao Brasil e que não têm a mesma resistência contra doenças", disse.

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