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Brasil prepara seu maior estudo sobre células-tronco

Iniciativa envolvendo vários centros de pesquisa vai avaliar a eficácia do transplante de células-tronco no tratamento de cardíacos

Por Agencia Estado
Atualização:

Um estudo que envolve vários centros e é financiado pelo Ministério da Saúde para avaliar a eficácia do transplante de células-tronco no tratamento de doenças cardíacas está sendo lançado no Rio, nesta quarta-feira. O trabalho, desenvolvido em 40 instituições, é o maior já feito no mundo. Vai recrutar 1.200 pacientes voluntários, com quatro tipos de problemas: doença isquêmica crônica, doença de Chagas, enfarte e cardiomiopatia dilatada. "É o primeiro de uma série de estudos programados com células-tronco", disse o ministro Humberto Costa, que participa do lançamento. Exportar Segundo ele, ainda este ano vários estudos serão lançados para avaliar se células-tronco adultas (inclusive de cordão umbilical) e embrionárias são úteis no tratamento de diabete, lesão na medula espinal (que leva à paralisia) e doença de Alzheimer. "O governo está investindo bastante nesta área, onde temos nível de pesquisa equivalente ao de outros países. É a oportunidade produzirmos tecnologia, conhecimento. Exportar, em vez de importar." Várias pesquisas sobre o uso de células-tronco em problemas cardíacos vêm sendo feitas no País e no mundo. No Brasil, há experiências bem-sucedidas tanto para tratamento de insuficiência cardíaca quanto para doentes de Chagas. Resultados Pacientes submetidos à técnica experimental apresentaram uma melhora significativa na qualidade de vida. No entanto, algumas publicações internacionais já apresentaram estudos questionando as razões de tal melhora. Essas pesquisas mostraram que as células-tronco adultas não se transformaram em células cardíacas, como esperado. Os resultados devem ser apresentados em 3 anos. O trabalho será coordenado pelo Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, no Rio. O custo da pesquisa é de R$ 13 milhões. Em 2003, o governo gastou R$ 500 milhões com consultas, internações, cirurgias e transplantes cardíacos.      leia mais

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