Quatro brasileiros estão entre os 43 premiados deste ano pelo Instituto Médico Howard Hughes (IMHH), uma fundação norte-americana que dá incentivo para pesquisas científicas na área médica. Dois pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e dois da Fundação Oswaldo Cruz receberam, cada um, uma bolsa de cerca de US$ 400 mil para financiar suas pesquisas, nos próximos cinco anos. Os projetos brasileiros escolhidos tratam de áreas consideradas inovadoras e de interesse geral. Os premiados foram George Alexandre dos Reis (UFRJ), que trabalha na investigação das causas da doença de Chagas; Patrícia Torres Bozza (Fiocruz), com seu projeto sobre reações inflamatórias e a ação de drogas; Sergio Teixeira Ferreira (UFRJ), que estuda a origem de doenças neurológicas, e Alexandre Afranio Peixoto (Fiocruz), que analisa o comportamento de insetos para combater doenças tropicais, como dengue, malária e febre amarela. "Acho que é um projeto atual, que vem crescendo muito e que analisa uma nova linha de pesquisa e, apesar de estar centrado em doença de Chagas, tem interesse geral", afirma o professor-titular de imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, Georde Alexandre dos Reis. O Howard Hughes premiou instituições científicas em seis países, com bolsas científicas que variaram entre US$ 266 mil e US$ 450 mil, em prazos de até cinco anos. A bolsa do instituto poderá ser usada tanto para contratar pesquisadores como para comprar material de pesquisa. Além do Brasil, foram premiados pesquisadores da Argentina, Canadá, Chile, México e Venezuela. Dos 43, 23 já tinham recebido ajuda da instituição antes. O IMHH atualmente financia projetos em 29 países e tem um orçamento anual de US$ 650 milhões.