Busca de asteroides perigosos requer mais verba, diz relatório

Nasa não tem os meios para cumprir determinação de mapear 90% dos objetos perigosos até 2020, diz análise

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Por Redação
Atualização:

Relatório do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA diz que os US$ 4 milhões que o país gasta anualmente para detectar asteroides e cometas que possam representar ameaça para a Terra são insuficientes para que a Nasa cumpra essa missão.

 

 

Em 2005, o Congresso americano determinou que a Nasa descobrisse 90% dos objetos com órbitas que se aproximam da Terra e que tivessem mais de 140 metros de diâmetro até 2020, e pediu ao Conselho Nacional de Pesquisa que desenvolvesse uma abordagem para que a tarefa pudesse ser cumprida.

 

Em um relatório provisório divulgado em 2009, o Conselho disse que a tingir o objetivo seria impossível, já que o Congresso não havia dotado a Nasa dos recursos necessários.

 

No relatório final, divulgado nesta sexta-feira, 22, o comitê sugere duas abordagens para que a Nasa consiga completar a tarefa logo após o prazo final de 2020. A abordagem escolhida dependerá do grau de prioridade que as autoridades políticas derem á detecção de ameaças do espaço.

 

Se a conclusão da busca por objetos próximos à Terra o mais perto possível de 2020 receber prioridade alta, uma missão um telescópio espacial, conduzidas em conjunto com um telescópio baseado no solo é o melhor caminho, diz o texto. Se cortar custos for uma prioridade, o uso exclusivo de telescópios no solo deve ser adotado.

 

O relatório recomenda ainda que a Nasa monitore objetos menores - de 30 a 50 metros de diâmetro - que, de acordo com pesquisas recentes, podem causar grande destruição. Os EUA deveriam, de acordo com o trabalho, liderar a formação de um organismo internacional para lidar com objetos perigosos vindos do espaço.

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Além disso, o texto pede que sejam tomadas medidas imediatas para garantir que o Observatório de Arecibo, em Porto Rico, continue a operar. A Nasa deveria dar apoio a um programa intenso de observações de asteroides a partir de Arecibo.

 

De acordo com o Conselho, embora Arecibo não seja capaz de detectar asteroides ainda desconhecidos, o observatório tem recursos importantes para caracterizar a órbita e outras propriedades desses objetos, uma vez que tenham sido encontrados por outros meios.

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