Casa Branca nega que funcionário tenha alterado relatórios

Porta-voz diz que documentos são submetidos a um processo de revisão em que 15 agências podem fazer contribuições

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Casa Branca negou que um de seus funcionários, o chefe do Conselho sobre Qualidade Meio Ambiental, Philip Cooney, tenha manipulado relatórios governamentais sobre o meio ambiente e a mudança climática, como informou na quarta-feira o jornal The New York Times. "Isto é mentira", declarou à imprensa o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, que acrescentou que os relatórios climáticos governamentais se baseiam nos melhores dados científicos disponíveis e são "cientificamente sólidos". Além disso, segundo o porta-voz, são submetidos a um processo de revisão do qual participam cerca de 15 agências federais que podem fazer suas próprias contribuições aos textos. Outros funcionários da Casa Branca disseram que as mudanças realizadas por Cooney fazem parte de um processo normal de revisão entre agências de documentos relacionados às mudanças globais no meio ambiente. O jornal nova-iorquino menciona que Cooney é advogado, licenciado em economia e não teve formação científica. Segundo o NYT, ele alterou relatórios ambientais aprovados em instâncias anteriores, em 2002 e 2003, suavizando os vínculos entre a emissão de gases poluentes e o aquecimento do planeta. As várias alterações detectadas tendem a gerar "dúvidas sobre achados que a maioria dos especialistas em assuntos climáticos afirma que são sólidos", destaca a publicação nova-iorquina. O NYT destaca algumas das mudanças detectadas nos documentos apresentados pelo Climate Change Science Program, que critica a política meio ambiental do governo de George W. Bush. Entre elas, relata que Cooney riscou um parágrafo que se referia a previsões de redução de geleiras e de calotas de gelo em montanhas.

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