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Centenas de ativistas marcham em direção à sede do G8

Manifestações acontecem de forma pacífica e são acompanhadas por um forte contingente da polícia

Por Efe
Atualização:

Centenas de pessoas se manifestaram nesta terça-feira, 8, contra o Grupo dos Oito (G8, os sete países mais industrializados e a Rússia) em vários protestos organizados em Sapporo (norte do Japão) e em várias marchas iniciadas nos três acampamentos que abrigam os ativistas e que se encaminham em direção à sede da cúpula.   Veja também G8 concorda em reduzir emissões de CO2 pela metade em 2050 Lula chega ao G8 para defender biocombustíveis e agricultura G8 pede diálogo para diminuir preço do petróleo Merkel destaca progressos do G8 sobre a mudança climática   Todas as manifestações transcorreram de forma pacífica e foram acompanhadas por um forte contingente da Polícia, parte dos 20 mil agentes desdobrados por ocasião da cúpula em Hokkaido, disse à Agência Efe um porta-voz a organização ativista G8way.   Segundo Shimri Zamere, porta-voz de G8way, as manifestações ocorrem de maneira pacífica especialmente pelo medo dos ativistas de serem detidos pelas "rígidas autoridades japonesas".   "Muitos estão nervosos. Se meus amigos forem detidos serão interrogados de maneira exaustiva, inclusive durante a noite. Um interrogatório constante com intimidações durante 23 dias é algo difícil de superar (...) é quase como uma tortura", disse Lisa Suzuta, uma ativista japonesa de 35 anos.   Segundo Zamere, "centenas de manifestantes" deixaram esta manhã os acampamentos autorizados pelas autoridades japonesas em direção a Toyako, onde se reúnem os líderes do G8.   Os acampamentos estão situados em Toyoura, Soubetsu e Date, longe da sede da cúpula. Os manifestantes caminharam hoje por aproximadamente 17 quilômetros cercados por fortes medidas de segurança. Eles levavam mensagens nas quais afirmavam que é "antidemocrático" que apenas os líderes dos oito países mais ricos do mundo decidam sobre o que afeta todos.   "O G8 não se responsabiliza pelo que acontece nos países pobres, não se preocupa com eles", disse Zamere.   Entre os manifestantes havia também pessoas que apoiavam os direitos dos indígenas e alguns japoneses que são contrários à presença militar americana em seu país.

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