China adapta medicina tradicional a usuário moderno

País inclui acupuntura e outras práticas em plano estratégico de desenvolvimento científico

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Por Agencia Estado
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O governo chinês classificou a medicina tradicional como indústria estratégica dentro de um ambicioso plano de desenvolvimento, promoção e modernização da antiga prática milenar, segundo a imprensa local. Uma estratégia detalhada do Ministério de Ciência e Tecnologia prevê a modernização da medicina tradicional chinesa, com o objetivo de torná-la mais científica e adaptada às necessidades da vida moderna. A acupuntura, moxibustão (aplicação de calor sobre certas zonas do corpo) ou as ervas são algumas das práticas ancestrais que agora voltam a estar na moda, tanto na China como em vários outros países, como método curativo natural. Mas nem todo o mundo está disposto a aquecer duas vezes ao dia as cheirosas ervas, por isso Pequim tenta adaptar as antigas fórmulas às novas necessidades, criando pastilhas cômodas e fáceis de consumir. Só nos últimos cinco anos foram construídos na China 14 centros de desenvolvimento tecnológico, onde são pesquisadas e processadas mais de mil variedades de plantas e ingredientes da prática herborista. A área total cultivada para estes fins em toda China a subiu para 1 milhão de hectares em 2004, 90% a mais que em 2000, informou a agência estatal Xinhua. O valor da produção total de ervas para a medicina tradicional subiu para US$ 12 bilhões em 2004, o que representa um aumento de 18% em relação ao ano anterior. O ritmo de crescimento da indústria é muito superior à média nacional (9%).

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