31 de julho de 2010 | 00h00
Milhares de pacientes desesperados - principalmente vítimas de lesões medulares, doenças degenerativas e congênitas do sistema nervoso - pagam milhares de dólares para receber injeções de células-tronco, sem qualquer garantia de eficácia. Muitos relatam melhoras, mas os resultados não são publicados e, na falta de conhecimento e supervisão rígida dos procedimentos, não há como avaliar a validade científica dos relatos.
"Num ensaio clínico sério, você aprende até mesmo quando algo dá errado", diz a pesquisadora Lygia Pereira, do Instituto de Biociências da USP. "Na China, a gente não aprende nada. Mesmo se o paciente diz que melhorou, isso não acrescenta nada à medicina. Não traz nenhum benefício para outros pacientes."
A primeira fase do estudo da Geron servirá só para avaliar a segurança do procedimento. Vários anos de estudo serão necessários para que a técnica possa ser estabelecida como uma terapia de fato.
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