26 de outubro de 2009 | 16h10
Hwang, um cientista com tratamento de estrela por ter colocado a Coreia do Sul na vanguarda dos estudos com células-tronco, enfrentava acusações de fraude, mau uso de dinheiro público e violação de leis bioéticas.
"Ele é culpado por inventar mentiras", disse a corte de Seul na sentença do processo que se estendeu por mais de três anos e incluiu detalhes minuciosos sobre o trabalho científico de Hwang e de sua equipe na Universidade Nacional de Seul.
A corte disse também que Hwang desviou ilegalmente parte do dinheiro que recebeu para investigações e o utilizou para fins pessoais.
"Mas ele demonstrou estar arrependido por seu crime", afirmou a sentença. Simpatizantes de Hwang, que lotaram o tribunal durante as audiências, aplaudiram a condenação de três anos em liberdade condicional, sob fiscalização da Justiça.
Promotores pediram uma sentença de quatro anos de prisão, defendendo que Hwang prejudicou a pesquisa científica e envergonhou o país.
Acreditava-se que a equipe de Hwang havia realizado dois importantes avanços no campo científico ao clonar células-tronco e ao adaptá-las a um paciente específico, o que aumentou a esperança de criar tecido geneticamente específico para reparar órgãos doentes ou no tratamento de doenças, como o Mal de Alzheimer.
As células-tronco são as principais células do corpo, que levam à formação de todos os tecidos, órgãos e sangue. As células-tronco embrionárias são consideradas as mais poderosas, já que têm o potencial de formar qualquer tipo de tecido.
Uma equipe de investigação da Universidade Nacional de Seul disse no fim de 2005 que a equipe de Hwang inventou deliberadamente dados vitais em dois estudos sobre células-tronco embrionárias de humanos.
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