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Cientistas congelam feixe de luz durante fração de segundo

Equipe de Harvard mantém feixe de luz parado, sem tirar dele toda sua energia. Controlar estas partículas é um processo que pode vir a ser útil no funcionamento de computadores quânticos

Por Agencia Estado
Atualização:

Cientistas da Universidade de Harvard revelaram ter conseguido paralisar completamente um feixe de luz durante uma fração de segundo, deixando-o depois seguir seu caminho. A façanha poderia ajudar, no futuro, cientistas a desenvolver computadores ainda mais potentes. A descoberta será publicada na edição da revista Nature que sai nesta quinta-feira. A pesquisa difere de um trabalho publicado em 2001 e que foi aclamado como uma experiência de "congelamento da luz". Na ocasião, feixes de luz foram "brevemente armazenados" quando partículas individuais, fótons ou luz eram capturados por átomos e transformados em gás. Agora, pesquisadores de Harvard superaram essa façanha congelando realmente a luz e sua energia, sem permitir que ela se dispersasse, mesmo que apenas por alguns centésimos milionésimos de segundo. "Conseguimos manter o feixe de luz parado sem tirar dele toda sua energia", declarou Mikhail Lukin, um dos pesquisadores da equipe. Computadores quânticos Conter partículas de luz para armazenar e processar dados poderá auxiliar a produzir os ainda distantes computadores quânticos, assim como métodos de comunicação e transmissão de informações a longa distância sem o risco de espionagem. A pesquisa também poderia ter aplicações no aperfeiçoamento da comunicação convencional por fibra ótica, assim como técnicas de processamento de dados que usam a luz como portadora da informação. Lukin esclareceu que a atual pesquisa é apenas mais um passo nos esforços para o controle da luz, e que mais trabalhos são necessários para determinar se a façanha poderá realmente ter essas aplicações no futuro.

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