Cientistas encomendam estudo sobre perigo das nanopartículas

Elas podem ser 100 vezes menores que um vírus e são usadas em cerca de 600 produtos no mundo todo

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Por Redação
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Uma comissão científica britânica dedicada ao estudo da poluição atmosférica encomendou uma pesquisa sobre os eventuais perigos das nanopartículas.   Estas partículas, que podem ser 100 vezes menores que um vírus, são usadas em produtos como protetores solares, roupas esportivas e suplementos alimentares.   Calcula-se que haja pelo menos 600 produtos disponíveis atualmente no mundo todo que contenha algum tipo de nanopartícula, e seu uso vai aumentar.   Segundo John Lawton, presidente da comissão científica e citado nesta quarta-feira, 12, pelo jornal britânico The Guardian, a falta de estudos sobre os possíveis efeitos das nanopartículas é preocupante porque atualmente se ignora os efeitos danosos para o meio ambiente e o metabolismo humano.   "Não queremos ser alarmistas, mas quanto mais rápido soubermos mais coisas sobre isto, melhor. O que dizemos ao Governo é que tem que fazer algo... e com urgência", declarou Lawton.   A comissão britânica não defende proibir seu uso, pois é consciente dos benefícios desta nova tecnologia.   O dióxido de titânio, por exemplo, é usado nos cremes para a proteção dos raios solares e é bastante eficaz para prevenir o câncer de pele.   Para Vicki Stone, professora de toxicologia da Universidade Napier, em Edimburgo (Escócia), as nanopartículas demonstraram ser tóxicas em vários testes feitos em laboratório.   As nanofibras de carbono, usadas na confecção de roupas coloridas sem usar tinturas, podem chegar ao meio ambiente e serem inaladas enquanto outras nanopartículas microscópicas podem ser absorvidas por vários organismos e contaminar a cadeia alimentar.

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