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Cientistas tentam prever erupção do Monte Fuji

Maior pico do Japão é um vulcão que dá sinais de atividade. Governo investe US$ 9 milhões em pesquisas

Por Agencia Estado
Atualização:

Cientistas japoneses devem apresentar em maio as primeiras estimativas sobre a próxima erupção do Monte Fuji. O maior pico do Japão - 3.776 metros -, famoso ponto turístico e símbolo cultural do país, vem dando sinais de atividade vulcânica e o governo está investindo US$ 9 milhões em pesquisas que envolvem vários centros especializados. Poucos lembram que o lendário Monte Fuji é um vulcão. Sua última erupção foi há três séculos, em 16 de dezembro de 1707, quando lançou uma chuva de cinzas sobre a cidade de Edo, antiga Tóquio. Em 2000, cientistas detectaram ondas de leves terremotos a dez quilômetros abaixo da superfície, e em 2001 foram registrados mais de 100 tremores. Os movimentos mostram que o magma sob o monte continua se movendo. Prever a erupção é fundamental, porque o Fuji está a 100 km de Tóquio, uma das mais populosas capitais do mundo, sem falar no grande número de turistas que visitam o monte. Pelo menos 300 mil alpinistas e turistas fazem anualmente o caminho até o cume. Uma erupção no verão colocaria em risco gravíssimo cerca de 20 milhões de pessoas em parques de diversões, campos de golfe e estações termais localizados nas proximidades, entre as províncias de Yamanashi e Shizuoka. Segundo o geólogo Masato Koyama, da Universidade de Shizuoka, na melhor das hipóteses as cinzas da erupção atrapalhariam o tráfego de automóveis e aviões e danificariam discos rígidos de computadores. As informações são da revista Nature, divulgadas pela Agência Fapesp nesta terça-feira.

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