Cientistas vêem avanço em texto de biossegurança

Ambientalistas, por outro lado, criticaram as mudanças e disseram que vão pressionar os deputados a retomar o projeto original

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisadores da área de biotecnologia consideraram o projeto de lei aprovado pelo Senado um avanço em relação ao texto submetido à Câmara, que restringia os poderes da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e proibia as pesquisas com células-tronco embrionárias. Ambientalistas, por outro lado, criticaram as mudanças e disseram que vão pressionar os deputados a retomar o projeto original. Entre as melhorias apontadas pelos cientistas estão o fortalecimento da CTNBio e a imposição de prazos para que contestações sejam apresentadas e avaliadas pelo Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS). "Dá uma certa tranqüilidade saber que as coisas não vão se arrastar para sempre", disse o cientista Aluízio Borém, da Universidade Federal de Viçosa, em MG. Por sua vez, para lideranças ambientalistas, a decisão final sobre a liberação de transgênicos no meio ambiente deveria ficar com o respectivo ministério. Pelo projeto atual, a CTNBio tem a opção de exigir ou não o estudo de impacto ambiental. "Entendemos que o licenciamento deve ser obrigatório", disse o coordenador da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, Ventura Barbeiro. "Vamos trabalhar junto à Câmara pela rejeição do texto do Senado." Pesquisadores também comemoraram a liberação da pesquisa com células-tronco de embriões congelados, apesar da proibição da clonagem terapêutica. "Foi o acordo viável e está muito bom", disse a pesquisadora Patrícia Pranke, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "Com isso já temos um campo grande para avançar nessa pesquisa".      leia mais sobre transgênicos      leia mais sobre células-tronco

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