Cirurgia para obesos causa mais mortes do que se imagina

Entre pessoas de 35 a 40 anos, mortalidade foi de mais de 5% entre os homens e de quase 3% entre as mulheres

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Por Agencia Estado
Atualização:

As intervenções cirúrgicas para eliminar gordura do corpo são mais perigosas do que se achava e até podem causar a morte dos pacientes, revelou um estudo publicado pela revista da Associação Médica dos EUA. A pesquisa, realizada em 16.100 pacientes, revelou que a possibilidade de morrer um ano após uma intervenção é superior ao que se tinha calculado, inclusive entre pessoas com menos de 40 anos. Entre pessoas de 35 a 40 anos, a taxa de mortalidade foi de mais de 5% entre os homens e de quase 3% entre as mulheres. "Este é um aviso para aquelas pessoas que estiverem pensando em submeter-se a este tipo de operação", disse o cirurgião David Flum, autor principal do estudo. Até agora se acreditava que as intervenções cirúrgicas desse tipo tinham uma taxa de mortalidade de menos de 1%, assinalou o relatório. Desnutrição e infecções As complicações dessas intervenções cirúrgicas podem incluir desnutrição, infecções e, em geral, podem ter como resultado um duro golpe para o sistema fisiológico dos pacientes, especialmente se forem de idade avançada. O problema especialmente grave nos Estados Unidos onde a obesidade se transformou em uma verdadeira epidemia com mais de 60% da população com excesso de peso ou definitivamente obesa. Segundo especialistas médicos, se calcula que este ano serão realizadas por volta de 150.000 operações de redução estomacal ou "by-pass" gástrico, dez vezes o número registrado em 1998. Segundo David Zingmond, um dos autores do estudo, algumas pessoas consideram que a cirurgia contra a obesidade é um recurso simplesmente cosmético e, lamentavelmente, descartam a possibilidade de que sofrerão complicações depois da intervenção.

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