A clínica americana Cleveland vai entrevistar nas próximas semanas os candidatos para ter um inédito transplante facial. A cirurgia, que deve usar a pele do rosto de cadáveres, pode representar uma melhor alternativa para pessoas que tiveram seus rostos desfigurados do que os métodos usados atualmente, de acordo com a clínica. A equipe liderada pela cirurgiã plástica Maria Siemionow vai estudar as expressões faciais dos candidatos - cinco homens e sete mulheres - e avaliá-los do ponto-de-vista psicológico. A equipe da clínica acredita que a cirurgia deva durar entre 8 e 10 horas e que a posterior internação hospitalar deve se estender por até duas semanas. Riscos Por se tratar de uma cirurgia pioneira, os riscos para o paciente podem ser imprevisíveis. Entre os possíveis problemas está a rejeição do novo rosto e infecções que tornariam a pele escura. Uma outra cirurgia seria então necessária, desta vez usando os enxertos usados hoje em dia para tratar problemas de desfiguramento. O documento assinado pelas famílias dos doadores assegura que o transplantado não irá parecer com o doador, mas terá feições semelhantes ao paciente antes do acidente, já que a nova pele será depositada por cima dos ossos e tendões originais. A clínica prevê que o paciente transplantado terá que usar medicamentos para o resto da vida para evitar a rejeição do novo corpo. Os riscos de câncer também devem aumentar. Críticos do procedimento dizem que esta cirurgia seria muito arriscada para casos que não representam risco de vida.