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Cobertura vegetal cresce 2% no Estado de SP, diz estudo

Ambientalistas contestam dados do governo estadual. Segundo eles, só capital perdeu "34 Ibirapueras"

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro Relatório de Qualidade Ambiental feito pela Secretaria de Meio Ambiente (SMA) do Estado de SSão Paulo, em conjunto com 13 secretarias, traz duas boas notícias: houve aumento da cobertura vegetal no Estado e mais cidades com até 25 mil habitantes estão trabalhando de acordo com a lei ambiental de resíduos sólidos. "A cobertura de vegetação aumentou 2% no Estado entre 1992 e 2001", afirma o secretário do Meio Ambiente, José Goldemberg. O secretário diz ter se surpreendido também com a adesão de municípios ao programa de adequação às leis para deposição de resíduos sólidos. São 450 cidades envolvidas no programa. A partir desses dados, a secretaria vai encaminhar à Assembléia Legislativa projeto de lei que regulamenta os níveis de qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas. Serão parâmetros e indicadores que definirão, além dos níveis de poluição do solo, punição a quem abandonar áreas contaminadas. Haverá também um fundo de socorro para a população afetada pela contaminação até que o responsável seja encontrado. Para incrementar as ações de recuperação da vegetação em São Paulo, o Estado receberá uma doação de US$ 7,7 milhões do Banco Mundial (Bird). Esse dinheiro deve ser aplicado na recomposição da mata ciliar das principais bacias hidrográficas. Realidade Para ambientalistas, os números ainda não refletem a realidade. O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Carlos Bocuhy, integrante do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), classificou o relatório de "tímido". Ele contestou a informação de que a cobertura vegetal teve acréscimo de 2% entre 1999 a 2001. "Só a cidade de São Paulo perdeu nos últimos 10 anos 5 milhões de quilômetros quadrados de área coberta por vegetação, o equivalente a 34 parques do Ibirapuera." O conselheiro Paulo Figueiredo, professor de pós-graduação em Meio Ambiente da Universidade Metodista de Piracicaba, tem a mesma opinião. "Em geral, os dados dos relatórios são simplistas e parciais."

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