21 de agosto de 2008 | 17h13
O salão iluminado parece ser apenas mais um armazém cheio de caixotes e prateleiras empoeiradas, mas no interior deste prédio rústico de tijolos há o equivalente a cerca de US$ 200 milhões em tesouros do naufrágio mais famoso da história. A coleção de 5,5 mil peças contém praticamente tudo que já foi recuperado do RMS Titanic, material que descansou 4 km abaixo da superfície do Atlântico desde que o barco afundou, em 5 de abril de 1912. Quando a porcelana fina, os sapatos mineralizados pela água salgada e a partitura manchada pela água do mar não estão em exibição pelo mundo, eles têm um lar permanente em Atlanta (EUA), no quartel-general da Premier Exhibitions, que é a guardiã dos artefatos. "É como o Museu Smithsonian - você poderia ficar aqui por semanas e não ver tudo", disse Leslie Cone, funcionária da Premier. Cerca de 200 peças da coleção do Titanic serão exibidas no Georgia Aquarium a partir desta sexta-feira, 22, a primeira mostra do material em um aquário. Representantes da Premier esperam que a tática ajude a dar vida nova à mostra, que já tem 14 anos, e ajude os visitantes a entender melhor o papel que o oceano teve na história do navio. E o aquário espera que a exibição inédita atraia mais visitantes. A coleção Titanic ajudou a desvendar o mistério por trás do que já foi o maior navio de passageiros do mundo, e que acabou se tornando o túmulo aquático de 1.517 pessoas. Na "sala de papel" do armazém, há partituras, notas de dinheiro e revistas que apresentam marcas de água e alguns rasgos, mas poucos outros sinais de que estiveram submersas por décadas. O local do naufrágio do Titanic foi descoberto originalmente em 1985 pelo oceanógrafo Robert Ballard. Dois anos mais tarde, uma subsidiária da Premier, RMS Titanic Inc., iniciou a primeira de sete missões de resgate para coletar artefatos do naufrágio. Mais viagens ainda deverão ocorrer no futuro.
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