Apesar da popularização da reciclagem de alumínio no Brasil, os diretores da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) acreditam que a falta de incentivos do governo impede um melhor desempenho da atividade. ?Os altos tributos e a diferenciação dos percentuais entre os Estados acarretam na informalidade e na utilização de práticas fiscais ilegais?, ressalta o presidente da entidade, João Beltran Martins. Na opinião do executivo, a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas que utilizam a sucata no processo produtivo traria maior equilíbrio e desenvolvimento para a indústria da reciclagem no Brasil, que concorre com a informalidade. O presidente da ABAL, reclamou ainda do crédito presumido do ICMS concedido à atividade de reciclagem de PET. ?O governo deu incentivo justamente para quem menos recicla?, desabafou.Para o coordenador da Comissão de Reciclagem da entidade, José Roberto Giosa, mesmo sem nenhum incentivo, a reciclagem de alumínio cresceu 11 vezes no Brasil nos últimos 10 anos.?Atingimos um índice de reciclagem de latas de 87% no ano passado, mas se levássemos em conta também os produtos vendidos na economia informal, esse número subiria em pelo menos dois ou três pontos percentuais?, afirmou.Receita