03 de maio de 2014 | 15h05
Em muitos casos de abuso, a maior parte tendo acontecido há décadas mas vindo à tona somente nos últimos 15 anos, os bispos, a fim de proteger a reputação da Igreja, deslocaram os padres acusados de paróquia para paróquia em vez de os expulsarem ou entregarem à polícia.
A comissão, composta por quatro homens e quatro mulheres de oito diferentes países --incluindo uma mulher irlandesa vítima de abuso sexual--, se reuniu pela primeira vez desde sua formação em março, tendo conversas com o papa e autoridades do Vaticano.
"Nós queremos assegurar a responsabilização na Igreja como especialmente importante", afirmou a comissão em comunicado.
O'Malley, conhecido por ser o primeiro a defender métodos mais claros e enérgicos no combate aos escândalos desde que publicou em 2011 um banco de dados de padres de Boston acusados de abuso sexual de menores, disse que a posição hierárquica na Igreja não deve justificar tratamento especial ou proteção.
"Nossa preocupação é assegurar que existam protocolos claros e efetivos para lidar com superiores na Igreja que não cumpriram suas obrigações de proteger as crianças", disse a jornalistas.
(por Phillip Pullella)
(Edição de Alexandre Caverni)
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