Consórcio fará estudo técnico sobre Aqüífero Guarani

Licitação define execução do segundo projeto para uso e preservação de um dos maiores reservatórios de água doce do mundo

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Por Agencia Estado
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Um consórcio formado pelas empresas Tahal (Israel), Hidroestructuras (Argentina), Seinco (Uruguai), Hidrocontrol (Paraguai) e Arcadis Hidroambiente (Brasil), foi habilitado para começar o trabalho de hidrogeologia no Aqüífero Guarani. O aqüífero se estende pelos quatro países do Mercosul e é considerado um dos maiores reservatórios de água doce do mundo. O consórcio ganhou a licitação internacional de US$ 1,3 milhão convocada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e vai executar também estudos de termalismo do aqüífero, durante um prazo de 28 meses. O contrato foi assinado em Montevidéu, na sexta-feira. O contrato integra o Projeto para a Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani, sediado em Montevidéu, criado com para apoiar os quatro países a elaborar e implementar medidas institucionais, legais e técnicas comuns para explorar e preservar o aqüífero. Este é o segundo contrato de serviços assinado para estudos do projeto. O primeiro, para a cartografia e elaboração do mapa do aqüífero, foi outorgado à empresa canadense Tecsult International Limited, que iniciou o trabalho no começo do ano. O Aqüífero Guarani tem aproximadamente 37 mil quilômetros cúbicos de água subterrânea. Está localizado no centro-sul da América do Sul e avalia-se que tenha uma superfície total de 1,190 milhão de quilômetros quadrados - 850 mil no Brasil, 225 mil na Argentina, 70 mil no Paraguai e 45 mil no Uruguai. A água pode ser encontrada em profundidades que vão de 50 a 1.500 metros e com temperaturas que variam entre 33 e 65 graus centígrados. Os recursos para os estudos técnicos vêm do Fundo para o Meio Ambiente Mundial, do Banco Mundial, e a OEA é a agência internacional que executa o projeto.

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