O pesquisador da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, Helmut Seitz identificou o consumo excessivo de álcool como causa de 4% dos tumores, principalmente nos detectados no esôfago, no cólon e no fígado, informou nesta segunda-feira, 14, a instituição. "Demonstramos que, sob a influência crônica do álcool, o corpo já não está em condição de tornar inócuos os radicais livres", explica Seitz, diretor médico do Hospital Salem. O pesquisador destacou que, no caso do fígado, o álcool danifica seu material genético e seus mecanismos de proteção de tal forma até aumentar consideravelmente o risco de desenvolvimento de câncer no órgão. A Universidade de Heidelberg adiantou os primeiros detalhes da pesquisa, que ainda não foi concluída e é objeto de estudo de 30 anos por parte de Seitz, que vinculou a predisposição genética ao desenvolvimento de câncer e ao consumo de álcool. O trabalho, que alerta que o álcool envelhece as células de seu consumidor a ritmo superior ao natural, afirma que há quatro milhões de alcoólatras na Alemanha e que 40 mil pessoas morrem todos os anos no país por causa de males derivados de seu consumo excessivo.