
04 de abril de 2011 | 18h46
SÃO PAULO - Pesquisa realizada na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, mostra que, ao menos na Espanha, não se faz mais mulheres como antes - literalmente. O estudo, que examinou centenas de crânios espanhóis e portugueses de até quatro séculos atrás, revela que as diferenças na estrutura craniana e facial entre homens e mulheres estão muito menos pronunciadas atualmente.
"Melhorar a nossa compreensão das características craniofaciais de grupos regionais pode nos ajudar a aprender mais sobre os restos de esqueletos, ou mesmo nos ajudar a identificar um indivíduo baseado em seus restos mortais", diz a Dra. Ann Ross, antropóloga e principal responsável pelo estudo.
Os pesquisadores descobriram que as diferenças craniofaciais entre homens e mulheres contemporâneos são menos acentuadas do que eram no século 16. Ainda foi revelado que as mudanças das características craniofaciais na Espanha têm sido particularmente significativa em mulheres. A estrutura facial das mulheres espanholas, por exemplo, é muito maior do que a estrutura das mulheres do século 16. A diferença pode decorrer de uma melhor nutrição e de outros fatores ambientais.
Para os estudiosos, a atenção especial dada às diferenças estruturais entre os crânios de ambos os sexos é fundamental, pois pode ajudar na identificação de restos mortais com base nas diferenças craniofaciais. "Ser capaz de dizer se um crânio pertencia a um homem ou uma mulher é útil tanto em uma investigação criminal quanto em uma pesquisa acadêmica", afirma Ross.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.