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D. Orani diz que sentiu 'frio na barriga' ao saber da nomeação de cardeal

O anúncio foi feito na manhã deste domingo, no Vaticano, pelo papa Francisco

Por Mariana Durão
Atualização:

Texto atualizado às 20h06

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RIO - Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio e anunciado cardeal pelo papa Francisco na manhã deste domingo, 11, contou ter sido “pego de surpresa” pela notícia da nomeação. “Quando soube, estava no carro, indo para um compromisso, após rezar uma missa às 8 horas”, contou. “Deu um frio na barriga, porque é uma nova responsabilidade, mas depois a gente se refaz e vai aceitando a graça de Deus”, afirmou.

Dom Orani considera que o sucesso da Jornada Mundial da Juventude, evento promovido no Rio em 2013 e que contou com a participação do papa Francisco, não foi o fator decisivo para sua nomeação como cardeal, mas ajudou. “A proximidade e o contato pessoal com o papa fazem diferença”, afirmou. 

Ele disse ainda não saber se vai ocupar algum cargo no Vaticano. “Os cargos vamos saber depois. Primeiro vem a notícia, depois o serviço.” Por enquanto, a nomeação não deve mudar significativamente sua rotina de trabalho no Rio, a não ser pelo fato de que dom Orani deverá viajar mais vezes a Roma para reuniões com o papa Francisco e com outros cardeais. 

A nomeação oficial será em um consistório em 22 de fevereiro, no Vaticano, mas dom Orani deve viajar para lá uma semana antes, para reuniões. 

Trezena de São Sebastião. Mesmo com o anúncio, dom Orani manteve para este domingo a programação de circular por igrejas da zona sul para a Trezena de ão Sebastião. Ele esteve na Cruzada de São Sebastião, no Leblon, na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, e ao meio-dia iniciou a celebração de uma missa na Igreja da Ressurreição, no mesmo bairro. 

Durante a tarde, dom Orani foi ao morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, onde visitou moradores e fez oração na Capela da Anunciação. O arcebispo do Rio, nomeado cardeal, também rezou aos pés do monumento o Cristo Redentor.

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Lista dos cardeais do papa Francisco

D. Pietro Parolin, italiano, Secretário de Estado;

D. Lorenzo Bardisseri, italiano, Secretário Geral do Sínodo dos Bispos;

D. Gerhard Ludwig Muller, alemão, arcebispo emérito de Regensburg, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé;

D. Beniamino Stella, italiano, Prefeito da Congregação para o Clero;

D. Vincent Nichols, arcebispo de Westminster, Inglaterra;

D. Leopoldo Solorzano, arcebispo de Manágua, Nicarágua;

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D. Gérald Lacroix, arcebispo de Québec, Canadá;

D. Jean -Pierre Kutwa, arcebispo de Abidjão, Costa do Marfim;

D. Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, Brasil,

D. Gualtiero Bassetti, arcebispo de Perugia, Itália;

D. Mario Aurelio Poli, arcebispo de Buenos Aires, Argentina;

D. Andrew Yeom Soo Jung, arcebispo de Seul, Coreia;

D. Ricardo Andrello, arcebispo de Santiago do Chile;

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D. Philippe Ouédraogo, arcebispo de Ouagadougou, Burkina Faso;

D. Orlando Quevedo, arcebispo de Cotabato, Filipinas; e

D. Chibly Langlois, bispo de Les Cayes, Haiti.

 

Também foram nomeados três arcebispos eméritos (sem direito a votar em conclaves):

- Mons. Loris Capovilla, de 98 anos, que foi secretário pessoal do Papa João XXIII;

- D. Fernando Sebastian Aguillar, arcebispo emérito de Pamplora, Espanha;

- D. Kelvin Felix, arcebispo emérito de Castries, Santa Lucia (Antilhas).

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