
23 de novembro de 2010 | 19h34
Há anos especula-se que o líder budista e ganhador do Nobel da Paz, de 75 anos, estaria para se aposentar. Os tibetanos se preocupam com o destino da luta por maior autonomia para sua região depois que o Dalai Lama morrer ou deixar a vida pública.
O próprio Dalai Lama se considera "semiaposentado" desde o estabelecimento pleno de uma liderança política tibetana no exílio em 2001, disse seu assessor Tenzin Taklha na terça-feira em entrevista a uma TV.
Ele explicou que o Dalai Lama pretende abdicar de eventos políticos, inaugurações e outras cerimônias.
"O que Sua Santidade está dizendo é que ele está considerando, discutindo sua aposentadoria com o Parlamento", afirmou.
"O Dalai Lama como pessoa não pode se aposentar, vai continuar trabalhando como um líder e por todos os propósitos humanitários."
O Dalai Lama fugiu do Tibete em 1959, após uma frustrada rebelião contra o domínio chinês. Ele vive exilado na Índia e prega uma "autonomia significativa" para o Tibete como parte da China. Pequim o acusa de ser um perigoso separatista, responsável por estimular distúrbios no Tibete.
O Parlamento tibetano do exílio se reunirá em março em Dharamsala, e o Dalai Lama deixaria suas funções num prazo de seis meses depois do anúncio oficial, segundo Taklha.
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