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Desastre ambiental em Iriri pode ter vazamento como causa

A morte de milhares de peixes, aves e plantas, no Rio Iriri e em seu afluente, o Curuá, no Estado do Pará, pode ter sido causada pelo vazamento de substância tóxica de uma mineradora desativada

Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisadores não descartam que a morte de milhares de peixes, aves e plantas, no Rio Iriri e em seu afluente, o Curuá, no Estado do Pará, tenha sido causada pelo vazamento de alguma substância tóxica de uma mineradora desativada, que explorava cassiterita na região de Altamira. Esta é uma das hipóteses em investigação pelos participantes da Operação Iriri, deflagrada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Biólogos, médicos e veterinários investigam ainda a proliferação de algas verde-azuladas no igarapé Bala. O engenheiro químico da Diretoria de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Ibama, João Bosco Costa Dias, um dos participantes da Operação Iriri, observa que a ?a cassiterita, que é depurada com arsênio, foi abandonada nos tanques da lagoa de contenção da antiga mineração Canopus?. Ele explica ainda que os peixes e plantas podem ter sido envenenados por cianotoxinas, produzidas a partir da decomposição das algas. A real causa só deve ser conhecida na próxima semana, com os resultados dos exames laboratoriais. Segundo a assessoria do Ibama, os integrantes da Operação Iriri já começaram a coletar amostras de água, peixes e outros sedimentos do leito do rio para enviar às universidades federais de Brasília (UnB), do Rio de Janeiro (UFRJ), do Pará UFPA) e a estadual de São Paulo (Unesp/Botucatu). Da operação participam técnicos do Ibama, Eletronorte, Fundação Instituto Evandro Chagas e Conselho Indigenista Missionário, entre outros. Os técnicos vão orientar a população ribeirinha e aldeias indígenas, localizadas na região, a não consumir água nem peixes capturados nos igarapés Bala e Catete e nos rios Iriri, Curuá e Xingu.

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