Descoberta bactéria que pode ajudar no combate a dengue

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Por Agencia Estado
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Um grupo de cientistas dos Estados Unidos conseguiu infectar os mosquitos portadores da dengue com uma bactéria que ajuda os insetos a desenvolver uma resistência contra o vírus, segundo um estudo divulgado hoje pela revista Science. Os cientistas, da Universidade de Kentucky e da Universidade Johns Hopkins, na cidade de Baltimore (Maryland), asseguraram que a descoberta é crucial nos esforços para controlar a doença, que afeta cerca de 100 milhões de pessoas no mundo todo a cada ano. A dengue clássica e sua variante hemorrágica são transmitidas às pessoas pelo mosquito Aedes Aegypti, que é o vetor do vírus entre uma pessoa e outra. Os principais sintomas da dengue, que ataca principalmente as regiões tropicais, são as dores de cabeça, de costas e de articulações; febre, náusea, vômitos, problemas de visão e brotoejas. No caso da dengue hemorrágica, a febre pode durar até sete dias e depois dos sintomas da dengue comum, começam hemorragias que podem levar à morte por problemas circulatórios. Até agora não existe um medicamento específico contra a dengue comum ou a dengue hemorrágica, nem uma vacina. Um dos enfoques mais promissores contra a doença seria criar uma população de mosquitos resistentes ao vírus do dengue, algo que os cientistas americanos parecem ter conseguido. Segundo o estudo, a forma de controlar a doença seria a criação genética de um mosquito resistente ao vírus do dengue. Esta tarefa corresponderia à bactéria Wolbachia, que provoca um fenômeno denominado incompatibilidade citoplasmática nas fêmeas. Testes de laboratório demonstraram a capacidade da bactéria de difundir-se em uma população do vírus A.aegypti e deter sua propagação em sete gerações, afirmaram os médicos.

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