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Descobertos dois novos candidatos a "Super Terras"

Cientistas americanos anunciam a descoberta de dois exoplanetas potencialmente mais parecidos com a Terra

Por Agencia Estado
Atualização:

A família de planetas descobertos fora do Sistema Solar acaba de ganhar dois novos irmãos caçulas. Cientistas americanos anunciaram nesta terça-feira a descoberta de dois exoplanetas, bem menores do que os detectados até agora e potencialmente mais parecidos com a Terra. Ao contrário dos gigantes gasosos do tipo Júpiter, é possível que os novos astros tenham formação rochosa, com massa semelhante à de Urano. Um deles é o quarto planeta descoberto em torno de uma mesma estrela, formando um sistema parecido com o nosso. No último dia 25, astrônomos do European Southern Observatory (ESO) anunciaram a descoberta de algo muito semelhante, uma espécie de "Super Terra" 50 anos-luz de distância. A busca por planetas alienígenas é um dos campos mais disputados da astronomia atual. Mais de 120 já foram localizados nos últimos dez anos, mas todos planetas gigantescos e gasosos, nada parecidos com a Terra. A tecnologia atual não permite a detecção de planetas pequenos e rochosos, mas os novos astros são os menores descobertos até agora. O dos europeus tem massa equivalente a 14 Terras e os dos americanos, entre 10 e 20 Terras. ?Estamos começando a ver planetas cada vez menores. Planetas parecidos com a Terra são o próximo passo?, disse o pesquisador Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia. Foi ele quem descobriu um dos planetas, junto com Paul Butler, do Instituto Carnegie em Washington, na órbita da estrela Gliese 436. Barbara McArthur, da Universidade do Texas, descobriu o outro. Ambos têm órbitas muito próximas de suas estrelas, completando cada volta em questão de dias. As descobertas foram financiadas pela Nasa e pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA. Acredita-se que eles possam ser feitos de rocha, mas é apenas uma hipótese. ?Não achamos que seja possível produzir um planeta rochoso puro de dezenas de massas terrestres. Mas podemos estar errados?, diz o astrofísico brasileiro Eduardo Janot-Pacheco, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo.

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