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Descobridor do HIV mostra avanços em vacina anti-aids

Por Agencia Estado
Atualização:

O professor Roberto Gallo, um dos descobridores o vírus da aids - junto com Luc Montagnier -, há 24 anos, disse em Tel Aviv que "estão sendo dados interessantes passos à frente" para conseguir uma vacina contra a doença. Essas pesquisas, que até o momento permitiram bloquear o HIV em macacos, são realizadas em seu Instituto de Virologia Humana da cidade americana de Baltimore, informou Gallo durante uma palestra na universidade de Bar Ilan. Mas, em declarações ao jornal Jerusalem Post, o cientista disse que não pode prever quando a vacina poderá ser aplicada em seres humanos. "O vírus da aids não desaparecerá em três meses nem em três anos, e talvez nunca", disse o cientista. A vacina foi testada em macacos "que foram vacinados e depois infectados com o vírus; o resultado foi muito impressionante", garantiu Gallo, que em breve publicará os resultados dos estudos. A vacina freou a entrada do vírus nas células desses animais, disse Gallo, mas seu efeito parou três meses depois, e esta é uma incógnita para os pesquisadores do Instituto de Baltimore. "É preciso encontrar uma via para que conseguir um alto nível de anticorpos" no organismo a fim de combater o vírus, disse o pesquisador. "A vacina deve frear o vírus na porta das células, como se fosse um vigilante que zela pela segurança em um restaurante, e impedi-lo de entrar", comentou. Gallo mostrou-se "otimista mas só em parte, pois há muitos obstáculos ainda no caminho até chegar à vacina". A vacina pesquisada pelos cientistas em Baltimore "não contém o vírus da aids, mas proteínas e, portanto, não representa perigo à vida dos animais utilizados para testá-la". A aids, identificada pela primeira vez em 1981, já matou 30 milhões de pessoas e mais de 40 milhões correm perigo de morte por ser atualmente portadoras do vírus.

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