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Discovery chega com novo encanamento para a ISS

Estação Espacial está com problemas na descarga de resíduos líquidos em seu único banheiro

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Por Redação
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Após mais de um ano de treinamento, uma viagem ao espaço e dois dias para chegar à Estação Espacial Internacional (ISS), a equipe do ônibus espacial Discovery entrou na estação com as seguintes palavras: "Alguém chamou um encanador?" Veja também:Defeito deixa estação espacial internacional sem mictórioDiscovery parte rumo à Estação Espacial InternacionalDiscovery chega à estação espacial com laboratório japonêsNasa TV ao vivo (em inglês) E alguém tinha. Com o banheiro único da estação de US$ 100 bilhões não funcionando, a Nasa abriu espaço no Discovery para uma nova bomba, que eles esperam que resolva o problema. "Sim, estamos com ela", disse o comandante Mark Kelly ao engenheiro de vôo Garrett Reisman quando se encontraram na segunda-feira, 2. A cena foi filmada e reprisada na Nasa TV nesta terça-feira, 3. O banheiro da estação espacial, que fica no módulo russo Zvezda, recolhe resíduos sólidos normalmente, mas seu dispositivo para urina está com problemas. A cada três descargas a tripulação tem que fazer uma descarga manual com água, o que leva cerca de 10 minutos e é trabalho para dois membros da equipe. O trabalho de conserto será feito pelo comandante Sergei Volkov e pelo engenheiro de vôo Oleg Kononenko e está marcado para quarta-feira, 4, disse a Nasa. Do lado de fora Os astronautas Mike Fossum e Ronald Garan saíram nesta terça-feira, 3, da ISS para o primeiro de três dias de trabalhos no exterior que incluem a instalação do enorme laboratório japonês Kibo na estrutura orbital. A excursão começou às 13h23 (em Brasília), quando a ISS e o ônibus espacial Discovery acoplados desde segunda sobrevoavam o Sudeste Asiático, e terminará em sete horas. A saída demorou 50 minutos em relação ao horário previsto porque os dois astronautas, que tinham passado seu descanso no compartimento de despressurização, escutaram um chiado no sistema de comunicações do traje espacial de Fossum e decidiram substituí-lo. O porta-voz da Nasa, Rob Navias, disse que a mudança não gerou problemas às tarefas, mas resultou em um atraso no começo da excursão. "Temos pela frente um belo dia e uma jornada excitante para a instalação do Kibo", disse o astronauta japonês Akihiko Hoshide, que ajudará a movimentar o laboratório de seu país com o braço robótico da ISS. O Kibo, com quase 12 metros de comprimento, é maior que os laboratórios americano e europeu instalados na estação, um projeto de US$ 100 bilhões que tem participação de 16 nações. O laboratório japonês também possui um par de braços robóticos, o maior que já chegou ao Discovery. Fossum, que tem em seu currículo outras três jornadas de trabalhos extraveiculares, e Garan, que realiza sua primeira, vão instalar o laboratório Kibo à estrutura da ISS, que está em órbita a cerca de 380 quilômetros da Terra. Depois da inspeção do mecanismo de sujeição no lado esquerdo do módulo italiano Harmony e da abertura da cobertura de uma janela, Fossum e Garan trabalharão juntos para remover as proteções onde será atracado o Kibo. Fossum, além disso, desligará os cabos de calefação e tirará os mecanismos de fechamento das cortinas na janela dianteira do laboratório japonês. Também será limpa uma junta rotatória de um asa de painéis solares que se atolou, e será recuperado o braço robótico da nave que estava na ISS desde a missão da nave Endeavour, em março. A Nasa deixou o braço robótico na ISS para que houvesse espaço suficiente na adega do Discovery para o transporte do módulo pressurizado Japonês Kibo. Para as tarefas finais desta jornada Garan e Fossum vão para o painel solar em boreste (lado direito) da ISS, onde a junta rotatória começou a mostrar vibrações e um aumento no consumo de energia desde o final de 2007. Garan fará a substituição de algumas peças da junta, enquanto Fossum inspecionará uma área potencialmente danificada no mesmo local e provará diferentes técnicas de limpeza na superfície dessa junta rotatória. Enquanto Fossum e Garan trabalham fora do "Discovery" e da ISS, os especialistas da missão Karen Nyberg e Akihiko Hoshide usarão o braço robótico da estação para instalar o módulo japonês de forma definitiva. Os dois astronautas, que flutuam sujeitos às estruturas orbitais, põem a toda prova as novas luvas espaciais que incluem remendos de uma tela resistente nos dedos polegar e indicador, em uma tentativa de diminuir o nível de desgaste apresentados nas luvas anteriores. Matéria atualizada às 17h58 para acréscimo de informações

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