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Educação ambiental vai às praias paranaenses

Parceria entre ONG e empresa de telefonia garante programação educativa animada, a partir deste fim de semana.

Por Agencia Estado
Atualização:

As praias de Caiobá e Guaratuba, no Paraná, terão uma programação especial, a partir deste fim de semana, graças a uma parceria entre a entidade ambientalista Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e a empresa de telefonia Tim Sul. Entre amanhã e o dia 12 de fevereiro, o espaço de lazer Arenas, montado pela Tim Sul nas duas praias, será ocupado por um animado programa ambiental, monitorado por 20 voluntários, sob orientação da SPVS. As duas praias ficam a 110 km e 130 km de Curitiba, respectivamente, e recebem grande quantidade de turistas nas férias de verão, sobretudo nos finais de semana. Embora inclua atividades mais comuns, como a reciclagem de papel e o recolhimento de lixo nas praias, a programação vai muito além, abordando problemas como o tráfico de animais silvestres, a retirada ilegal de plantas e palmitos das matas próximas e brincadeiras instrutivas como o "pega-pega" da cadeia alimentar e o rastreamento de fauna local. As atividades inovadoras baseiam-se na experiência de 10 anos da SPVS, com a educação ambiental feita junto a comunidades locais, escolas e turistas do litoral de Antonina, Paranaguá e Guaraqueçaba, na divisa do Paraná com São Paulo. Tanto os voluntários como as propostas de atividades surgiram do projeto de preservação do papagaio-de-cara-roxa, endêmico daquela área e muito ameaçado pela captura ilegal e tráfico. Voluntários e atividades educativas vieram do projeto de preservação do papagaio-de-cara-roxa, nativo do litoral do Paraná e ameaçado de extinção devido ao tráfico. "Acreditamos muito no poder das crianças de policiar os pais, que são os consumidores potenciais do palmito, das bromélias, xaxins e dos animais capturados e vendidos ilegalmente. Elas aprendem sobre a importância de cada espécie, pedem para os pais deixarem de comprar e eles acabam obedecendo", conta Ricardo Gomes Luiz, da SPVS. Um dos jogos mais cotados, segundo ele, é o da cadeia alimentar, em que cada criança veste um colete representando um animal e entra num "pega-pega", seguindo as regras da natureza, de presas e predadores. "O jogo é para crianças, mas muitos pais se animam em participar". Outras três atividades mobilizadoras são: a "corrida de tartarugas", uma competição que simula o processo de desova das tartarugas marinhas, fazendo os participantes enfrentarem situações determinantes para a sobrevivência ou extinção; "vestígios e pegadas", uma trilha sinalizada para rastreamento e identificação da fauna local e confecção de moldes com as pegadas dos animais e "pescaria", uma pesca simulada na areia, na qual os participantes percebem como as questões ambientais e formas de pescar afetam o resultado da pesca. No espaço Arenas ainda haverá exposições sobre a Ilha Rasa, Ilha das Flores e espécies marinhas, além da exibição de um vídeo produzido pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), apresentando os problemas do tráfico de animais e suas conseqüências ambientais negativas. Esta é a segunda parceria entre a SPVS e a Tim Sul, que desde 1999 trabalham juntas no recolhimento de baterias usadas de celulares. As atividades acontecem aos sábados e domingos, das 9h às 10h da manhã. O espaço Arenas ficará aberto todos os dias, das 8h às 13h e das 14h às 19h30.

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