O Egito começou uma pesquisa para esclarecer a origem de dois fetos mumificados encontrados na tumba de Tutancâmon em 1922 e que se acredita que sejam de dois filhos do faraó que nasceram mortos, informaram nesta quarta-feira, 6, fontes oficiais. Foto: AP O Conselho Supremo de Antiguidades do Egito (CSA) anunciou em um comunicado o início de uma pesquisa científica em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade do Cairo. Os restos mortais, que estão nas instalações da universidade, serão submetidos a uma tomografia computadorizada e terão amostras de DNA colhidas. A tomografia computadorizada permite "desembrulhar" virtualmente as múmias graças às 1.500 fotografias transversais tiradas dos cadáveres, com as quais é possível formar uma imagem tridimensional do corpo. O secretário-geral do CSA, Zahi Hawass, cujas declarações estão na nota divulgada nesta quarta-feira, 6, explicou que o propósito do estudo é conhecer a linhagem da família de Tutancamon. Além disso, as pesquisas servirão para identificar a mãe dos fetos. Hawass acrescentou que esta pesquisa poderia permitir a identificação da múmia da rainha Nefertiti, mulher do faraó Akhenaton. Segundo alguns especialistas, Akhenaton poderia ser o pai de Tutancamon, cuja ascendência é desconhecida. Os pesquisadores compararão as amostras obtidas dos fetos com os de outras múmias para tentarem esclarecer certos vínculos que ainda não foram concretizados. A tumba de Tutancâmon foi descoberta em 26 de julho de 1922 pelo arqueólogo inglês Howard Carter, durante as escavações que realizava em Luxor.