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Em São Paulo, brinde para quem economizar água

Equipes fazem blitz nas casas e premiam os que fazem uso racional da água. Sabesp prepara times para caçar vazamentos

Por Agencia Estado
Atualização:

Cinco equipes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) percorrem nesta semana bairros da região metropolitana de São Paulo para alertar a população sobre a necessidade do uso racional da água. De maneira aleatória, escolhem um imóvel e pedem que o morador apresente as últimas duas contas de água. Se ficar comprovado que houve redução no consumo, ganhará um kit com boné, camiseta, chaveiro, caneta, adesivos e folhetos. Os locais são visitados por cinco vans, cada uma com dez funcionários. Trata-se da operação Olha o Nível, lançada na segunda-feira pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em comemoração pelo Dia Mundial da Água. "Essas blitze vão desenvolver um trabalho educativo-pedagógico, com o objetivo de conscientizar a população a economizar água", disse Alckmin. "Se a população colaborar, o Cantareira poderá reduzir sua produção de água de 31 metros cúbicos por segundo para 29 m³/s ou 28 m³/s." Água do enxágüe A dona de casa Ana Pereira, de 40 anos, moradora do Jardim Arpoador, na zona oeste, é uma das que fazem o uso racional da água. Por isso, ganhou hoje um kit de presente. "Venho economizando há algum tempo, mas os brindes servem de incentivo para os meus meninos me ajudarem a não gastar água à toa", disse. Ana faz tanta economia que não há mais como reduzir o consumo."Pago R$ 25 por mês, entre água e esgoto, pois guardo a água do enxágüe da lavagem da roupa em baldes e reaproveito para lavar o quintal, jogar no vaso sanitário ou para passar um pano molhado no chão do banheiro. Além disso, faço o marido e os três filhos não tomarem banhos demorados." Caça-vazamento Em abril, a Sabesp lança os caça-vazamentos. Para realizar o serviço, 250 pessoas estão na fase final de treinamento. Em 50 motos - até o fim do ano serão 100 -, após receberem informações pelo telefone 195, vão para o local indicado. Fecham as válvulas e fazem um diagnóstico do problema, que servirá de subsídio para a equipe de reparos. "Esse serviço não vai reduzir os vazamentos, mas vai estancá-los em meia ou uma hora, evitando o desperdício", afirma o engenheiro Paulo Massato, da Sabesp. A empresa realiza 250 mil consertos de vazamentos por mês, em 45 mil quilômetros de tubulações na região metropolitana. As grandes adutoras, que levam água dos mananciais para os reservatórios de distribuição, somam 1.200 km de canos. Alckmin também assinou autorização no valor de R$ 165 milhões para o início do processo de licitação, com a contratação de empreiteiras que realizarão obras de abastecimento de água e coleta de esgoto na capital e em outros 15 municípios da Grande São Paulo, Vale do Paraíba e litoral norte.

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