Embrapa lança bioinseticida contra mosquito da dengue

Lançamento marca os 32 anos da empresa, que também fará mapeamento inédito do território brasileiro

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está lançando um inseticida biológico para controle do mosquito transmissor da dengue. A tecnologia foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com a empresa Bthek e permite controlar o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, que também transmite a febre amarela. O produto já foi registrado no Ministério da Saúde e poderá ser empregado no campo. O anúncio do lançamento foi feito pelo presidente da Embrapa, Silvio Crestana, marcando os 32 anos da empresa. Os técnicos explicaram que a aplicação do inseticida é inofensiva à saúde humana e ao ambiente, podendo ser utilizado em caixas d´água domésticas e em cursos de água. "Nos experimentos que realizamos em caixas d´água na cidade de Brasília, obtivemos um índice de mortalidade de mosquitos de 100% durante um mês", comentou a pesquisadora Rose Monnerat. O produto foi chamado de Bt-horus e também combate o borrachudo. Economia A partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do País, e hoje há ocorrência em 3.600 municípios. A única maneira de controlar a dengue é eliminar o mosquito transmissor. Sem citar valores, Crestana disse que o País vai economizar com o uso do bioinseticida. "O País importa bioinseticidas e gasta muito com isso", comentou. No ano passado, a Embrapa lançou um bioinseticida para controle do mosquito da malária. Aniversário Para comemorar os 32 anos da Embrapa, nesta terça-feira, Crestana anunciou também um trabalho inédito de mapeamento do território nacional a partir de imagens captadas do espaço. O estudo, chamado "O Brasil em Relevo", mostra todo tipo de elevação ou desnível, tais como montanhas, erosões e encostas. De acordo com Crestana, o trabalho oferece diversos tipos de aplicações, como em programas de manejo de bacias hidrográficas, melhoria da infra-estrutura rural, conservação de solo e preservação de recursos florestais. As imagens do relevo do País poderão ser vistas em três dimensões. Outra tecnologia apresentada pelo dirigente da Embrapa foi uma máquina que pode abrir 200 castanhas de caju por minuto. Foi desenvolvida pela Embrapa a pedido do Sindicato das Indústrias de Caju (Sindicaju) do Ceará.

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