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Embrapa quer Lei de Biossegurança que "não atrapalhe"

"O avanço da ciência não pode parar", afirmou presidente da instituição na 7ª Conferência Mundial de Pesquisa de Soja

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Clayton Campanhola, disse nesta segunda-feira que seu único desejo é que a Lei de Biossegurança, em discussão no Congresso Nacional, tenha regras claras "e não feitas apenas para atrapalhar". "A pesquisa tem que andar, o avanço da ciência não pode parar", afirmou em Foz do Iguaçu, onde estão reunidas cerca de 1.500 pessoas na 7ª Conferência Mundial de Pesquisa de Soja. A Embrapa, segundo Campanhola, tem dez variedades prontas de soja resistente ao glifosato. Mas ainda não há quantidade suficiente de sementes. Se a legislação permitir o plantio, a empresa terá condições de atender os produtores em duas safras, acredita ele. Campanhola informa que houve desaceleração nas pesquisas de campo, em razão dos critérios para licenciamento ambiental. "As pesquisas internas não pararam e nem podem parar", acentuou. "Se deixarmos só para o setor privado, não vai se investir em todas as áreas de interesse do setor público." Esperando a lei O vice-governador do Paraná e secretário de Estado da Agricultura, Orlando Pessuti (PMDB), também espera um posicionamento definitivo sobre a questão. O Paraná havia proibido o plantio de transgênicos por meio de uma lei, mas ela foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo assim, o governo está interditando as lavouras transgênicas encontradas no Estado e proíbe o embarque de soja geneticamente modificada pelo Porto de Paranaguá. "Eu espero que haja uma posição definitiva, porque não dá para ficar na excepcionalidade, com uma lei para cada safra", criticou. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues acredita que até abril a lei esteja pronta para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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