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Empresa cria recipiente para armazenar lâmpadas fluorescentes

Sistema armazena com segurança todos os componentes, separando-os e possibilitando reutilização dos resíduos

Por Agencia Estado
Atualização:

Na tentativa de dar uma destinação correta para as lâmpadas fluorescentes queimadas, a empresa curitibana Ambiensys Gestão Ambiental apresentou ontem a administradores municipais reunidos na Municipal 2005 Feira de Produtos e Serviços para Municípios, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, um equipamento portátil que pode ser utilizado em qualquer lugar em que haja grande quantidade de lâmpadas. Segundo os criadores, o sistema armazena com segurança todos os componentes, separando-os e possibilitando reutilização dos resíduos. Por conterem mercúrio, um produto altamente tóxico, além de fósforo, as lâmpadas não podem ser colocadas no lixo comum e vêm se tornando um dos principais problemas urbanos. Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) exige o descarte ambientalmente correto. Mas, segundo o diretor técnico da Ambiensys, Alexandre Lazarini, apenas 2% das 80 milhões de lâmpadas descartadas anualmente no Brasil são reciclados. Em razão sobretudo de não haver muitas empresas especializadas nesse serviço. Como os custos com transporte especial são grandes, os consumidores acabam estocando as lâmpadas inservíveis. Nem sempre de forma correta. Com o equipamento chamado de Bulbox, a reciclagem é feita no próprio local da armazenagem. Com um tambor de 200 litros e pouco mais de um metro de altura, o Bulbox possui um buraco onde a lâmpada é aspirada e triturada. O fósforo (pó branco) é captado por um filtro, enquanto o vapor de mercúrio é sugado por um filtro de carvão ativado, onde, em contato com enxofre, transforma-se em um sal. Posteriormente, o fósforo pode ser reaproveitado na indústria de tintas, enquanto o mercúrio vai para aterros especiais. O reservatório de mercúrio comporta o produto de até 200 mil lâmpadas, enquanto o de fósforo precisará ser trocado a cada mil lâmpadas recicladas. A empresa estuda a possibilidade de vender os equipamentos a um preço de R$ 18 mil, ou então alugá-los a um custo de R$ 0,60 a R$ 1,70 por lâmpada.

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