
14 de abril de 2010 | 16h27
A elaborada tumba de um antigo escriba real foi desenterrada em uma descoberta que ajudará a iluminar a relação entre o Egito e seus vizinhos do Oriente, disse o chefe de antiguidades do país.
A tumba decorada de Ken-Amun, encarregado de supervisionar os registros reais de 19ª Dinastia (1315-1201 a.C.) foi desenterrada na vila de Tell el-Maskhutam 120 km a leste do Cairo, disse Zahi Hawass, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades.
Tell el-Maskhuta era um assentamento da região de Ismailia, e continha uma guarnição que equipava as tropas egípcias antes que elas partissem para campanhas a leste da fronteira.
Detalhe da parede interna da tumba de Ken-Amun. Conselho Supremo de Antiguidades/AP
A tumba de Ken-Amun é a primeira do Período Ramessida da história egípcia descoberta no Baixo Egito, e foi construída com tijolos de lama. Consiste de um aposento retangular com um teto de pedra.
Por dentro, as paredes estão decoradas com relevos de cenas fúnebres, incluindo o capítulo 12 do Livro dos Mortos e uma cena de mulheres de luto.
As inscrições informam que a mulher do escriba chamava-se Isis e trabalhava como música para o deus Atum. Um grande pilar de pedra do deus Set aparece diante do faraó da época, cujo nome não é mencionado.
O local continuou a ser usado como cemitério, e 35 túmulos do período romano também foram encontrados na escavação.
O Conselho Supremo de Antiguidades também informou que um dedo do pé roubado da múmia do pai de Tutancâmon foi devolvido. O dedo do rei Akenaton havia sido roubado em 1907 e foi devolvido por Frank Ruehli, um especialista em DNA.
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