PUBLICIDADE

Enviado de paz do Vaticano, Pio Laghi morre em Roma

Cardeal morreu aos 85 anos por conta de problemas cardíacos causados por doença sanguínea

Por Reuters e Efe
Atualização:

O cardeal Pio Laghi, mensageiro do Vaticano na Argentina entre 1976 e 1980, morreu neste domingo, 11, aos 85 anos, no hospital romano de San Carlo de Nancy, informou um assistente. Ele ficou conhecido por ter sido o enviado de paz pelo papa João Paulo II a Washington em 2003, em um trabalho para evitar a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos. Laghi morreu por causa de uma insuficiência cardíaca provocada por uma doença relacionada ao sangue, que ele já sofria há algum tempo, segundo seu assistente e a imprensa italiana. Seu enterro será nesta terça-feira, 13. Diplomata experiente, ele atuou no serviço diplomático do Vaticano em Jerusalém, na América Latina e nos Estados Unidos. Se tornou cardeal em 1991. Amigo pessoal da família do presidente norte-americano George W. Bush, Laghi se encontrou com ele na Casa Branca antes do início da guerra e entregou-lhe uma carta pessoal do papa, estimulando a buscar a resolução pacífica da crise e evitar o conflito no Iraque. Também foi enviado a Jerusalém em 2001 para reunir-se com os lideres israelenses e palestinos a fim de buscar um cessar-fogo para o conflito na região de Gaza. O papa Bento XVI fez um tributo a Laghi, louvando seu "longo e generoso serviço" à Santa Sé. Bush disse em um comunicado no domingo, 11, que o cardeal foi "um amigo que trabalhou incansavelmente pela paz e pela justiça no mundo." O presidente disse que Laghi "tem um lugar especialmente importante nos corações do povo americano." Laghi também supervisionou a criação de laços diplomáticos entre os Estados Unidos e o Vaticano em 1984. O papa disse em sua mensagem de condolências nesta segunda-feira, 12, que estava profundamente emocionado com a notícia da morte do cardeal e elogiou seu serviço como representante do Vaticano e como prefeito da Congregação do Vaticano para a Educação Católica. Ampliada às 14h59 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.