
06 de outubro de 2008 | 19h48
A falha que obrigou a paralisar o funcionamento do acelerador de partículas LCH, o maior e mais poderoso da história, foi devido a uma peça que não estava bem colocada, em um erro muito provavelmente humano, disse nesta segunda-feira, 6, Lyn Evans, responsável pelo projeto. Veja também: Vazamento e reparo empurram reativação do LHC para 2009 Brasileiro explica o experimento na Suíça Entenda o LHC Assista ao vivo o que acontece no laboratório Experiência do LHC depende de rede mundial de computadores Vídeo do Cern explica o LHC em três minutos (em inglês) Galeria com imagens do LHC Segundo Evans, essa falha causou um reaquecimento, pela elevada corrente elétrica utilizada no momento, e algumas válvulas que se abriram para deixar escapar a forte pressão permitiram também a fuga de hélio, um elemento sem toxicidade. Em 10 de setembro, os cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern) injetaram pela primeira vez e com sucesso no acelerador LHC um feixe de milhões de prótons e conseguiram que desse uma volta completa ao túnel circular subterrâneo de 27 quilômetros, para depois fazer o mesmo com um segundo feixe introduzido em direção oposta. No entanto, dias depois se detectou uma falha que foi remediada rapidamente, mas no dia 20 ocorreu o incidente que hoje se sabe quase com certeza que se deveu a uma peça mal posta. Em coletiva de imprensa, Evans lamentou que "todos os pequenos problemas" do acelerador tenham se "amplificado" pela repercussão na imprensa deste experimento. O cientista reafirmou que o acelerador pode voltar a funcionar novamente em abril, depois de reparado e quando tenha passado o recesso de inverno no funcionamento das instalações (entre dezembro e março), um período utilizado para tarefas de manutenção. A pausa é necessária também para economizar energia que, segundo o físico, nessa época do ano tem seu custo multiplicado por dez.
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