Os telescópios europeus Planck e Herschel, os dois mais potentes já construídos, partirão na quinta-feira, 14, rumo ao espaço a bordo de um foguete Ariane-5 com o ambicioso objetivo de explorar a origem do Universo, com um conjunto de originais e potentes instrumentos de observação.
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A decolagem da plataforma de lançamento está prevista para ocorrer da base de Kuru, na Guiana francesa, entre 10h12 e 11h07 (Brasília).
Logo após a decolagem, os dois satélites se separarão e ocuparão locais diferentes em uma mesma órbita, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, onde a atração desta equilibra a do Sol.
O mais potente dos foguetes Ariane levará dois telescópios que custaram 1,7 bilhão de euros, financiados por diversas agências espaciais e cujos instrumentos são bastante sensíveis.
O observatório Planck, que será posicionado na cabeça do foguete, analisará as radiações fósseis do Big Bang e fornecerá informação sobre a origem do Universo e a respeito de suas características principais.
Entre elas, estudará a geometria geral do espaço e a densidade e a expansão do mesmo, graças a um telescópio integrado que dirige radiações em forma de micro-ondas para instrumentos do satélite, que lhe permitirão receber imagens do espaço em alta e baixa frequência.
Tanto o Planck como o Herschel, construídos pela Thales Alenia Space e a ESA, descreverão órbitas elípticas e suas missões estão dentro do programa da Agência Espacial Europeia.
O satélite Herschel, de 7 metros de altura e 4,3 metros de largura, receberá radiações infravermelhas de grande amplitude de onda emitidas por alguns dos objetos mais frios e distantes do Universo, onde existem estrelas e galáxias em formação.
Os dois satélites deveriam ter sido postos em órbita em 2007, mas o lançamento acabou atrasado por dois anos.