Pesquisadores preocupados com o crescente volume de destroços em órbita da Terra pediram esforços para a remoção do lixo espacial, dizendo que isso garantirá um ambiente seguro ao redor do planeta.
Mais de 300 cientistas e outros especialistas que se reuniram por quatro dias na Agência Espacial Europeia (ESA) disseram, nesta quinta-feira, 2, que a partilha de informações é um passo crucial para evitar colisões e prever, com maior precisão, onde satélites destruídos cairão na Terra.
"Precisamos partilhar mais dados", disse Thomas Schildknecht, do Instituto de Aeronáutica da Universidade de Berna. "Consideramos essa a parte mais importante e desafiadora do futuro imediato".
Várias agências internacionais rastreiam o lixo no espaço. O Comando Estratégico dos EUA, que monitora destroços espaciais, rastreia 13.943 objetos com 10 centímetros ou mais, e existem milhares de fragmentos ainda menores em órbita.
Mas Heiner Klinkrad, da ESA, destaca que, no longo prazo, a remoção dos satélites desativados ou despedaçados, além de outros restos de naves espaciais, será essencial para evitar colisões.
Em março, um pedaço de lixo espacial quase colidiu com a Estação Espacial Internacional (ISS). Em fevereiro, um satélite particular do sistema Iridium colidiu com um satélite russo desativado.