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Estados Unidos retêm US$ 10 mi em mogno

Por Agencia Estado
Atualização:

Os Estados Unidos retiveram, em seus portos, todos os desembarques recentes de mogno com origem na Amazônia brasileira. Não está ainda decidido o que vai ser feito com a madeira. Pode ser liberada ou mandada de volta. Nilo D´Ávila, da campanha Amazônia do Greenpeace, que acompanha o processo desde que o Ibama suspendeu a comercialização do mogno, explica que "a liminar da justiça do Pará contra o Ibama abriu a janela para que 11.000 metros cúbicos do mogno, até então retido nos portos brasileiros, fosse enviado aos Estados Unidos". As gestões do Ibama junto ao seu similar norte-americano somadas às denúncias da entidade ambientalista, mobilizaram a inspeção portuária nos EUA. "São mais de US$ 10 milhões em madeira e estamos ajudando o Ibama a mostrar às autoridades americanas que ela tem origem ilegal, destrutiva e predatória", diz D´Ávila. Essa apreensão de mogno nos EUA foi mais discreta que a ocorrida na Europa, mas é importante, no tocante ao comércio exterior, porque mais de dois terços da madeira exportada da Amazônia vão para aquele país. José Lelande, gerente executivo do Ibama no Amazonas, comemora. "Depois de muito esforço, o combate ao comércio ilegal do mogno está dando resultados" diz, deixando claro que os esforços da agência são para que a madeira retida seja rejeitada, por ser ilegal, pelos americanos. Se isso for alcançado, estará praticamente fechado o comércio internacional dessa espécie que, segundo o professor Paulo Kageyama, da Esalq-USP, já corre risco de extinção.

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