Um asteroide que segue em direção à órbita da Terra foi descoberto por duas estudantes de 14 anos da Índia. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 27, pelo instituto SPACE India, instituto privado de educação espacial onde as garotas receberam treinamento.
A descoberta foi feita com a análise de imagens capturadas pelo telescópio da Universidade do Havaí. Atualmente, o asteroide se encontra próximo de Marte e sua órbita deve cruzar com a da Terra em aproximadamente um milhão de anos.
“Eu estou ansiosa para quando tivermos a chance de batizar o asteroide”, afirmou uma das meninas, Vaideh Vekariya. Ela disse ainda que quer se tornar uma astronauta quando for mais velha.
O asteroide HLV2514, como é atualmente chamado, só poderá ser batizado depois que a agência espacial americana, NASA, confirmar a órbita do objeto, segundo uma porta-voz da SPACE India.
A outra estudante, Radhika Lakhani, disse que está focando bastante na sua própria educação. “Eu nem tenho uma TV em casa para me concentrar nos meus estudos.”
Milhares de cometas e asteroides são descobertos por ano pelos cientistas. Apesar de a maioria não ser uma ameaça para a Terra, esse monitoramento é importante para evitar um estrago maior caso um desses objetos colida com o planeta. Um exemplo foi um asteroide mais pesado que a Torre Eiffel que atingiu a região central da Rússia em 2013. Mais de mil pessoas ficaram feridas por conta do choque causado pela explosão do impacto.
As duas adolescentes são da cidade de Surat, no oeste da Índia, e descobriram o corpo celeste durante uma campanha de busca por asteroides promovida pelo SPACE India em parceria com a Colaboração Internacional de Busca Astronômica (IASC), um grupo de cientistas afiliado à NASA.
Em um email endereçado às duas estudantes acessado pela agência Reuters, o diretor da IASC, J. Patrick Miller, confirmou a descoberta. As garotas utilizaram um sotfware especializado para analisar as imagens capturadas pelo telescópio Pan-STARRS no Havaí. Segundo o SPACE India, a descoberta foi feita em junho./REUTERS