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Estudo aponta pobreza genética em matas secundárias

De 66 árvores antigas, somente duas deixaram 56% dos descendentes que cresceram na mata secundária

Por Agencia Estado
Atualização:

Quando uma floresta tropical é cortada, a floresta que cresce ali em seguida é apenas uma pálida versão da original - pelo menos do ponto de vista da diversidade genética. Esta é a conclusão de pesquisadoras da Universidade de Connecticut, que analisaram diferenças entre matas nativas e secundárias na Costa Rica. Os cientistas compararam genes de 130 palmeiras Iriartea deltóidea de mata secundária com os genes de 66 palmeiras do mesmo tipo num trecho vizinho não tocado pelo homem. Descobriram 56% das novas árvores eram descendentes de apenas duas palmeiras da mata nativa. O resto das novas árvores tinha herança genética de outras 23 palmeiras nativas, enquanto 41 plantas antigas não puderam gerar descendentes na vizinha área desmatada, segundo Uzay Sezen e seus colegas. "Mais da metade da nova população de Iriartea tinha parentesco total ou parcial", observaram os autores no artigo publicado pela Science. Eles não souberam explicar por que apenas duas palmeiras antigas foram tão dominantes na colonização do terreno desmatado. Os pesquisadores acham que são necessárias muitas gerações para que uma área de floresta volte a ter um grau de diversidade parecido com o da mata original.

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