Estudo com macacos avança para vacina anti-HIV

Animais recebem substância contendo genes do vírus da imunodeficiência em símios, semelhante ao HIV. Resultados são promissores

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Por Agencia Estado
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Um estudo realizado na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, está animando os pesquisadores que se dedicam a desenvolver uma vacina que tenha eficácia contra a aids. O trabalho está utilizando macacos, que recebem uma substância contendo genes do vírus SIV (vírus da imunodeficiência em símios, na sigla em inglês), semelhante ao HIV. Os resultados são promissores. A vacina é produzida a partir de fragmentos de DNA do vírus SIV, que fazem com que o organismo do macaco tenha uma resposta imune. Dezesseis animais estão participando. Eles têm apresentado a reação esperada, o que vem deixando otimista a comunidade científica - embora ainda seja impossível prever quando se chegará a uma vacina contra a aids. Está à frente da pesquisa o biólogo David Wahtkins, maior especialista do mundo em imunologia de modelos animais de vacinas contra a Aids. Ele está no Brasil nesta semana para participar de palestras sobre seus experimentos. O biólogo, cuja equipe recebe US$ 5 milhões para tocar a pesquisa, comentou no Rio - no Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - sobre as dificuldades de se chegar a uma fórmula eficaz. "Existem muitos tipos de HIV. Por isso é tão difícil arriscar dizer quanto tempo ainda falta para uma solução", afirmou. Ele aproveitou para elogiar o nível das pesquisas brasileiras e também o programa de combate à aids do governo federal.

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